História: O Cachorro
Autor : Felipe de Almeida Bastos
História: O Castelo Pequeno
Autora: Tainá Costa
História: A Flor Mágica
Autora:Izabella Cecília
História: Os Dinossauros
História realizada em grupo´
Autores: Felipe, Bernardo e Caio reis
História: Os Amigos da Escola
Autor: Erick
História do Boi Bumbá recontada
pelos alunos. Erick recontou a história oralmente no microfone na Festa
da Cultura que teve na escola e as crianças ,encenaram, dançaram e
cantaram a música do Boi.
História realizada em grupo
Autores: Erick, Caio Reis, Guilherme, Izabella e Carlos Alexandre
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
PROPOSTAS PRÁTICAS PARA O TRABALHO COM CRIANÇAS DE SEIS ANOS DE IDADE
A seguir algumas propostas práticas
para o trabalho com crianças de seis anos de idade, observando que estas
propostas estão de acordo com as orientações do ministério da educação. O
trabalho inclui as linguagens diversas sempre em uma perspectiva multidisciplinar,
com o jogo, as artes plásticas, as brincadeiras e o imaginário.
- A caixa alta deve ser uma forma de apresentar a letra. Substitua-a assim que a criança já conseguir reconhecê-la.
- A letra cursiva é uma seqüência da caixa alta. Demora um pouco para ela estar firme. Tenha calma.
- Não priorize a grafia neste momento. Priorize o pensamento lingüístico. Pense no texto e não na frase ou na palavra.
- Corrija, sim, a produção das crianças. Deixar erros nos materiais é negligência. Agora, faça isto de uma forma participativa, pouco traumática. Há várias técnicas de apontar um erro. Escolha a mais pedagógica.
- Contar histórias faz a criança acompanhar o processo de leitura e escrita e ajuda a perceber a importância do ato. Ajuda também na percepção da oralidade.
- A troca de sons, como P e B é normal no início do processo. Mostre as diferentes grafias delas e vá apresentando sempre as diferenças até que a criança perceba a forma correta.
- A separação das palavras é um problema que pode aparecer. Quando isto acontecer, leia com a criança, para que ela perceba que há uma junção.
- Os dígrafos são dificuldades que as crianças demoram muito a superá-las. Aguarde uns dois ou três anos de escolarização para que isto aconteça.
- Não produza nenhum texto com as crianças sem fazer uma contextualização. Isto é incondicional.
- Depois da produção vem à correção que pode ser feita em conjunto ou individualmente.
- Depois da correção por parte do aluno, o professor pode fazer uma correção coletiva para que todos possam acompanhar o processo na íntegra. Reestruturação textual é sempre mais interessante na coletividade.
- A letra espelhada aparece normalmente quando a criança não teve um trabalho suficiente de reconhecimento do alfabeto. Refaça o processo, pois só assim isto poderá ser melhorado.
- Para ajudar o processo de superação da letra espelhada, trabalhe com formas geométricas, ampliações e redução de figuras e lateralidade esquerda, direita, em cima, embaixo. Isto também ajudará enormemente a superação da letra espelhada.
- A coordenação motora ampla dá origem à coordenação motora fina, portanto, para que a criança tenha um bom traço, trabalhe da ampla para fina com atividades sempre alternadas.
- O traço no processo de alfabetização também é secundário. É preferível muito mais que a criança compreenda o que está lendo, critique e interfira no processo de leitura do que simplesmente copiar, reproduzir a escrita, não reconhecendo nada. Se tiver de fazer uma opção, faça a opção pelo primeiro.
- Algumas crianças já chegam à escola sabendo escrever o nome próprio e algumas palavras. Avalie qual a qualidade dessa possível leitura e escrita e parta dali para continuar o processo de alfabetização e letramento.
- O isolamento de uma
sílaba ou de uma letra deve ser fruto de uma conversa ou de uma
contextualização. (ALMEIDA, 2008, p.35 à p.39)
VISÃO HISTÓRICA E COMPARATIVA DO ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA
O ensino da leitura e da escrita no
Brasil passou por diversas modificações e influências oriundos da psicologia e
da lingüística. Será descrito um breve histórico sobre os
métodos e processos de alfabetização, até chegarmos ao atual conceito sobre
alfabetização.
1.1 Os critérios de classificação de métodos
O critério de classificação de métodos
mais difundidos era dividido em dois grupos: no primeiro, a metodologia leva o
aluno a combinar elementos isolados da língua, sons, letras, sílabas, em todos
maiores palavras e frases, tendo como base o processo mental de síntese. No segundo grupo estão aqueles que levam o
aluno a destacar unidades lingüísticas maiores, palavra ou frase e
decodificá-las em elementos menores, tendo como base o processo mental de
análise
1.2
Métodos que Dão Ênfase ao Processo Mental de Síntese
Método
alfabético
Deu origem ao termo alfabetizar tornou-se
universalmente aceito e foi empregado desde os tempos da Grécia e Roma antigas
até o fim da idade média.
Ainda persistiu em alguns países, no
século XIX, com maior ou menor duração.
Sua familiaridade de
formas com nomes de letras ajudava o aluno, através da repetição de sons
reconhecidos nas letras, a soletrar as palavras, como por exemplo: gê com a =
gá, tê com o = tó, mesmo sem identificar seu significado.
No inglês era conhecido
como “spelling-method”. Na América do Norte foi longamente difundida durante
todo um século (1783-1890), através de seus 80 milhões de exemplares. Nos Estados Unidos foi um fator indiscutível
de difusão do método durante um largo período de tempo. (RIZZO, 1989, p.5).
Método
Fônico
Passou a ser adotado em lugar do
alfabético na tentativa de superar a grande dificuldade existente naquele, por
causa da diferença entre o nome e o som da letra.
Os sons das letras são ensinados
isoladamente e depois em sílabas que são pronunciadas pelos alunos. Então são
reunidas e apresentadas em conjuntos maiores formando as palavras. Estas depois
aparecem formando pequenas frases.
O método é mais eficiente quando a
língua tem formas (letras) e sons, invariavelmente, correspondentes.
É por princípio, um método
eminentemente lógico. Primeiramente, são ensinados os sons das vogais, fazendo-se
de forma simultânea, o ensino da forma da letra e a maneira correta de
pronunciá-la. O método insiste numa forte repetição até que esta associação se
estabeleça por completo e o aluno a pronuncie automaticamente.
Depois das vogais, as consoantes são
introduzidas numa determinada ordem pré-estabelecida e seus sons são combinados
com as vogais.
Depois de o treinamento atingir o
pronto reconhecimento de combinações com vogais com 3 ou 4 diferentes
consoantes , as sílabas são introduzidas e logos combinadas formando palavras.
Mais tarde, combinações de palavras, com sons conhecidos, formam frases.
Este procedimento ainda
é largamente difundido em muitos países, inclusive no Brasil, apesar da
contra-indicação a determinadas línguas, por ser um método econômico e de fácil
aplicação. (op.cit.
p.8)
Método
Silábico
Difere dos sintéticos anteriores (alfabético
e fônico) por ser a sílaba a unidade fonética estabelecida para o ponto de
partida do ensino da leitura.
Basearam-se os introdutores deste
método nos princípios lingüísticos, de maior aceitação entre os estudiosos da
Fonética, de que como a consoante só pode ser emitida apoiada na vogal só a
sílaba e não as letras servem como unidade lingüística para o ensino da
leitura.
Presta-se ao ensino das línguas
especialmente silábicas como o português, o espanhol e vários idiomas
africanos, mas especificamente, ao ensino do japonês, cuja estrutura é
essencialmente, silábica.
Uma característica acentuada é a não
permanência da palavra original (apoiada na gravura). Logo que as sílabas são
destacadas e passam a ser reunidas em novas combinações, formando todos
diferentes.
Em geral, no português e espanhol, as
vogais são apresentadas sozinhas e, depois combinadas entre si (ai, oi, ei, au).
Depois as consoantes são apresentadas na sua ordem alfabética. Logo, iniciam-se
os agrupamentos, utilizando-se a ilustração para apoiar a sílaba destacada. A
ordem de apresentação destes fonemas – atualmente varia.
Muita ênfase é dada à
pronúncia, em voz alta, das sílabas isoladas na ordem natural do a-e-i-o-u. Ex:
ba- be- -bi- bo – bu . Mantém-se o som aberto característico do a-e-i-o-u em
todas as combinações.
O ensino é extremamente
repetitivo e tenta manter uma ligação de cada sílaba a uma palavra ilustrada.
Ex:
ca ( de caneca)
be ( de bebê)
lo ( de lobo) ca-be-lo
A partir da primeira lição, aparecem
pequenas palavras e sentenças para serem lidas com as sílabas apreendidas. Mas ainda é muito freqüente o
aparecimento das sentenças que, só se dão, efetivamente, após o treinamento de
leitura de palavras soltas.
Os verbos necessários à
formação das sentenças ficam restritos às possibilidades oferecidas pelas
sílabas destacadas, e por isso, nem sempre fazem sentido junto às palavras que
podem ser lidas. ( op.cit,
p.15)
1.3
Métodos que Dão Ênfase ao Processo Mental de Análise
Este segundo grupo de métodos
baseia-se no conceito de que as unidades significativas da língua – palavras,
sentenças e historietas é que devem ser o ponto de partida.
Depois que estas unidades, cada vez maiores,
forem reconhecidas, é que as unidades menores passam a ser reconhecidas
isoladamente. Estes métodos são conhecidos também por “Globais”, pois receberam
a influência da psicologia de Gestalt, na qual, a percepção se faz do todo para
as partes (detalhes), tanto em idéias quanto em formas.
Nestes métodos a leitura é um processo
de percepção de idéias e devem constar de elementos ideativos, ou seja, lidar
com unidades lingüísticas significativas.
Palavração
A palavração nasceu da
revolta contra os métodos formais que prevaleceram nos primeiros anos. Commenius é apontado como sendo o seu
introdutor. Na sua obra “Orbis Pictus”, publicada em 1657, ele já a defende
contra as tediosas soletrações, que nada mais são que métodos de tortura da
mente. A seu favor, grandes especialistas como: Jacob, Horace e Declory.
(op.cit.p.23)
Neste método, as palavras são
apresentadas em agrupamentos (conjunto organizado por alguma associação de
idéias) e os alunos aprendem a reconhecê-los pelo método see and say, visualização
em português. Para os adeptos deste
método, a palavra é memorizada facilmente pelo aluno, sendo algo normal no
indivíduo.
Muitos recursos são utilizados para
facilitar este reconhecimento. Geralmente, no início, as figuras acompanham as
palavras. A repetição do seu reconhecimento estabelece a memorização.
A ordem de apresentação das palavras,
quando criteriosamente planejada, auxilia substancialmente, o estabelecimento
de habilidades de leitura inteligente. Ao mesmo tempo a atenção é dirigida aos
detalhes da palavra, como: sílabas, letras e sons. Estes reunidos auxiliam o
aluno a enfrentar novas palavras com autonomia na leitura.
O “Método Normal de
Palavração” é uma adaptação no qual as palavras memorizadas contêm todos os
sons da língua e onde os processos de análise-síntese são empregados
simultaneamente, se o método de palavração não tiver análise incluída no seu
processo de ensino-aprendizagem, ele não é considerado método analítico. (op.cit. p.24)
Sentenciação
A sentenciação representa um 3º
estágio na evolução dos métodos que enfatizam a formação de habilidades de
leitura com compreensão.
Antes dela, surgiu na
língua inglesa o “Phrase – Method” que representava pequenos grupos de palavras
e levava o aluno a estabelecer o reconhecimento de cada um, através da
repetição. Alcançava o reconhecimento da palavra pela sua incidência nas frases
e o reconhecimento das sílabas, pela sua ocorrência em estruturas similares. (
op.cit.p.28)
Psicólogos estudiosos dos movimentos
dos olhos Andersen e Dearbon, no entanto, mostraram que as pausas e fixações do
olhar na leitura das linhas é um processo mental, que nada tem a ver com a
percepção visual das palavras e provaram que os leitores mais eficientes não
aprendem o texto lidos, frase por frase (como até então se defendia a idéia) e,
sim, por grupamentos, mais ou menos, regulares de palavras e letras, em cada
linha.
Até hoje, não é
reconhecida a possível “lei” que determina esta seleção de palavras e letras
durante a leitura. De qualquer forma, comprovou-se não ser verdadeira a
hipótese de que os leitores fixassem grupos de palavras durante o ato de
ler. Logo, o fato em que se apoiavam os
defensores da “Phrase-Method” foi derrubado e sua validade tornou-se discutível. (ib.ibdem)
Além disso, por ser muito dispendioso,
logo caiu em desuso.
O Phrase-Method
antecedeu o Sentence Method. Faz necessário mencionar a conotação diferente que
esta palavra tem em inglês:
Phrase: group of words (often without a finite verb) forming part of sentence; in red, at noon.
Com este sentido, este
método nunca chegou a ser empregado no Brasil. (op.cit.p.28)
O método dirige primeiramente a
atenção do aluno a algum assunto ou atividade do interesse da classe. O tema é
discutido e o segundo passo é fazer o registro de uma das afirmações obtidas
dos alunos, sobre o assunto ventilado. O professor lê, em seguida, com
entonação adequada (marcando bem as pausas a fim de tornar bastante clara a
expressão da idéia). Depois os alunos
são orientados a procurar palavras semelhantes dentro da sentença. E depois da 2º ou 3º lição, começam a formar
grupos de palavras semelhantes às primeiras. O processo continua através de um
treinamento para se obter o reconhecimento, à 1º vista, das palavras estudadas.
E finalmente, os alunos são levados, através de um processo semelhante à
análise comparativa, a isolar
elementos conhecidos nas palavras. Com
este conhecimento passam a enfrentar leitura de palavras novas.
Método
Historiado
“de historietas”
“de histórias”
“de contos”
No
Brasil é também frequentemente, chamado de método de Pré-livro, muito embora,
esta nomenclatura tenha sido criada por Heloisa Marinho para indicar material
de ensino de leitura, com características, inteiramente diferentes (leia-se
Método Natural).
O método
de “Contos” representa uma extensão (e não adaptação) do método de sentenças e
foi organizado no sentido de ampliar as vantagens de desenvolvimento de hábitos
e atitudes excelentes na leitura.
Este método apresenta seqüência de
sentenças organizadas em forma de história, atendendo aos princípios de
interesse e apelo (que ela representa) à criança. Isto foi decorrente do
resultado da avaliação do conteúdo (ideativo) das sentenças e os interesses,
atividades e experiências da vida infantil.
A história apresenta uma série de eventos,
com principio, meio e fim, e desde que atenda aos interesses do aluno, torna-se
fácil despertar a curiosidade na leitura do material.
Este método, não é
melhor que o anterior no sentido de desenvolver no aluno a capacidade de
compreensão, mas treina-o na habilidade de antecipar e seguir uma seqüência de
idéias, e ainda, relacioná-las entre si, mantendo-as na memória. Isto,
evidentemente, implanta o gosto pela leitura e a busca pela boa leitura. (op.cit.p.23)
Como a leitura da história não pode
ser feita totalmente, de uma só vez ela oferece oportunidade e implanta hábitos
de discussão sobre cada evento que se sucede na narrativa.
O processo segue depois as mesmas
técnicas da sentenciação.
Método
Natural
Com o objetivo de
reduzir ao máximo, ou evitar na sua totalidade, as falhas comprovadas nas
metodologias existentes, foi desenvolvido por Heloisa Marinho o Método Natural,
a qual fez longos estudos na Alemanha (escola-estruturalista- Gestalt, 1936).
(op.cit.p.37)
O método Natural utiliza o próprio vocabulário
da criança no processo de alfabetização, tornando a aprendizagem significativa,
pois prende o interesse da criança. Este
método também é realizado de forma interdisciplinar com as áreas de estudos
sociais, ciências e matemática. Amplia o
conceito de alfabetização além da decodificação do código escrito, para uma
leitura e escrita contextualizada de acordo com um projeto desenvolvido.
1.4
Conclusões
Gerais do Estudo Comparativo
Grupo
1
Dentro do grupo, as adaptações do fônico se revelaram
como sendo as mais capazes de desenvolver habilidades de pronto reconhecimento
da palavra nova. Porém, o processo empregado para o desenvolvimento destas
habilidades se mantém em franca oposição ao desenvolvimento de habilidades de
compreensão a ao natural processo de aprendizagem.
Grupo
2
O historiado e o método natural são os
métodos que mais revelaram ser capazes de desenvolver a leitura com
compreensão, despertando o interesse pela leitura como fonte de prazer e
informação.
Hoje e
no mundo inteiro, tentam-se combinações dos vários processos, sendo muito raro
encontrar uma cartilha ou método puro.
No Brasil
existe uma forte permanência do emprego do silábico (influências histórico-culturais).
De um
modo geral, as cartilhas brasileiras apresentam as seguintes variações:
·
Na
constituição do vocabulário
·
Na
seqüência de apresentação das sílabas, sons e letras
·
No
custo do material impresso
·
Na
quantidade e qualidade do material de apoio
Músicas do folclore
brasileiro e cantigas populares demonstram a força da penetração do método
silábico no Brasil:
O a e i o u
Vamos todos aprender!
Soletrando o be- a –bá
Na cartilha do a b c
A – E – I – O – U
ba
bé bi bó bu
Wu-u, W-u
Na cartilha da Juju ! (op.cit. p.36)
CAPÍTULO
II
PSICOGÊNESE
DA LÍNGUA ESCRITA
Será descrito um breve
histórico da carreira, vida pessoal e política da psicóloga Emília Ferreiro,
antes de descrever as transformações que o estudo psicogenético da escrita
produziu na alfabetização escolar.
Emília Ferreiro nasceu na Argentina, mas vive
atualmente no México, tendo nascido em 1937.
Neste país, trabalha no departamento de Investigações Educativas (DIE)
do Centro de Investigações do Instituto Politécnico Nacional do México. Fez seu
doutorado na Universidade de Genebra, no final dos anos 60, dentro da linha de
pesquisa inaugurada por Hermine Sinclair, que Piaget chamou de psicolingüística
genética.
Voltou, em 1971, a Universidade de
Buenos Aires, onde constituiu um grupo de pesquisa sobre alfabetização do qual
faziam parte Ana Teberosky, Alicia Lenzi, Suzana Fernandez, Ana Maria Kaufman,
Liliana Tolchinsky. Mas a situação política da Argentina ia se deteriorando
progressivamente, e no final de 1974
a Dra. Ferreiro acabou afastada de suas funções docentes
na universidade ,assim como seu marido Rolando Garcia, físico e pesquisador com
quem Piaget dividiu a publicação dos seus últimos trabalhos. Foi para Genebra,
onde ficou exilada, enquanto Ana Teberosky, também exilada ficou em Barcelona. Os dados
obtidos em Buenos Aires
foram estudados exaustivamente pelas duas pesquisadoras, através de uma ponte
entre Genebra e Barcelona.
Ferreiro voltou para a América Latina no
México e continuou a realizar vários trabalhos, publicando vários livros em
relação à alfabetização e o fracasso escolar neste ano de escolaridade.
Em 1979 , publica o livro “Los
Sistemas de escrita em El Desarrolo Del
Ninõ” – que em português recebeu o nome
de “Psicogênese da Língua Escrita” –
1986.
O estudo psicogenético
da escrita deslocou o foco de investigação do como se ensina para o como se
aprende, portanto descreve estágios desenvolvimentais no processo de leitura e
escrita e não um método de alfabetização. No entanto, os alfabetizadores
atualmente estão reconhecendo que não são erros de escrita o que as crianças
apresentam no processo de alfabetização, mas sim que se encontram em um
determinado nível de hipótese sobre a escrita, portanto, estes poderão
intervir de forma que a criança crie um desequilíbrio na lógica do seu
pensamento , passando então para outro nível de escrita. As pesquisas de Emília Ferreiro recolou no
centro da aprendizagem o sujeito inteligente que Piaget descreveu. (WEIZ, 2005, p.8)
As pesquisas dessa psicóloga
produziram uma revolução conceitual na alfabetização, desmontando todas as explicações
que havíamos construído ao longo de décadas para justificar o estrondoso
fracasso das crianças brasileiras na alfabetização inicial.
Desde que dispomos de estatísticas
educacionais confiáveis - e lá se vão mais de 50 anos – temos dados que nas escolas
brasileiras são reprovadas metade das crianças na passagem da 1ª para a 2ª
série. As tentativas de explicação falavam de problemas de aprendizagem que se
justificavam ora em função da carência nutricional, ora na falta de estímulo
intelectual, de carência cultural, de problemas psiconeurológicos ou então
deficiência lingüística. Todos os
problemas eram das crianças, mas não enxergavam as deficiências da escola. Um
dos discordantes era Paulo Freire, a qual chamou a educação de bancária, na
qual a criança armazena dados, totalmente descontextualizados da realidade de
vida desta.
Concluía-se que metade das crianças
eram pouco capazes de aprender a ler e a escrever.
Existiam, e ainda são
realizadas as chamadas atividades de prontidão, na qual as crianças realizam
vários exercícios motores, sem nenhuma letra envolvida, ou quando estas existiam,
era somente para cobri-las sem nenhuma significação. A partir dessas avaliações a escola decidia
se a criança freqüentaria uma escola regular ou iria para uma classe de
educação especial. (op.cit.p.8)
As investigações de Emília Ferreiro e
colaboradores demonstraram que, ao contrário do que se pensava, a questão
crucial da alfabetização inicial é de natureza conceitual e não perceptual. Segundo Ferreiro:
A
mão que escreve e o olho que lê estão sob o comando de um cérebro que pensa
sobre a escrita. Escrita essa que existe em seu meio social e com o qual toma
contato por atos que envolvem, de alguma forma, sua participação em práticas
sociais de leitura e escrita. (op.cit. p.9)
2.1
Os Níveis Estruturais da Linguagem Escrita Pesquisados por Emília Ferreiro
Ao pesquisar como a criança reconstrói o sistema de
escrita, ao se apropriar dessa linguagem, Emília Ferreiro observou quatro níveis:
pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético.
Após
diferenciar as marcas gráficas relativas ao desenho (formas) das relativas à
escrita (os nomes), a criança começa a construir ambos os sistemas, começando a
pensar sobre a escrita. A escrita esse momento foi denominado pré-silábica.
Nível Pré-Silábico
A criança se utiliza,
inicialmente, de grafismos primitivos, escritas unigráficas, não controla a
quantidade de caracteres, vale-se de escritas fixas. (Depois, a criança começa
a diferenciar as escritas quanto à quantidade de letras (hipótese da quantidade
mínima): uma palavra tem de ter no mínimo três letras, ao repertório (para ser
uma palavra tem de variar as letras) e à posição que ocupam (hipótese de
variedade interna: é preciso variar a posição das letras na palavra para
construir escritas diferenciadas), podendo considerar ou não seu valor sonoro
convencional. (op. cit.p.36)
Nível Silábico
A criança estabelece uma
relação entre a escrita e a pronúncia das palavras. Essa primeira relação tem
por foco a sílaba. A criança faz corresponder uma letra a cada sílaba, podendo
considerar ou não seu valor sonoro convencional. Aqui, ela precisa abrir mão
das hipóteses de quantidade mínima e de variedade interna, pois, pela hipótese
silábica, pode ter palavras com uma letra, e numa mesma palavra, as letras
podem estar repetidas muitas vezes. ( ib.ibdem)
Nível
Silábico-Alfabético
A
criança entra em conflito com a hipótese silábica, pois o que ela escreve não é
compreensível para outras pessoas. Ela percebe que é preciso colocar mais
letras para cada sílaba. Assim, ora ela utiliza uma letra para cada sílaba, ora
mais letras. (op.cit.p.36))
Nível
Alfabético
É
o momento em que a criança abandona a hipótese silábica, relacionando um
grafema a cada fonema. Tal correspondência pode se utilizar de símbolos
gráficos, sem valor sonoro convencional, ou de letras, com valor sonoro
convencional e algumas falhas. Neste nível a criança não se preocupa com os espaços
entre as palavras e com questões ortográficas como o uso de s, ç, z, ss ,
relativas às convenções do sistema de escrita em cada língua.
( ib.bidem)
Karla Cristina Carrozzino Gaudencio
domingo, 2 de setembro de 2012
PROJETO ANIMAIS E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, ALÉM DE OUTRAS ATIVIDADES REALIZADAS COM A TURMA DE 1 º ANO. ( TURMA DE 1º ANO /2012)
Existe uma diferença para que as crianças aprendam, é
necessário o professor conhecer os níveis conceituais de escrita, isto é
, saber o que a criança pensa sobre o sistema de escrita, qual a
hipótese que a criança tem desta em determinado momento. Se for realizar
uma atividade mais tradicional, tente adaptá-la a criança, fazendo
perguntas que estejam de acordo com a zona de desenvolvimento proximal e
que a ajudem a começar a entender o processo alfabético de nossa
escrita. Para fazer isso, é necessário atendê-las individualmente ,
alternando as atividades de forma diversificada. Sei que é difícil ,
pois alguns alunos demoram muito na realização das atividades, mas o
pouco de atenção que nós damos os fazem progredir muito. E, além disso,
sempre temos que acreditar que todos podem, dando continuidade ao processo no 2º ano!
Obs: É importante também a participação e envolvimento dos pais no aprendizado dos filhos, além de tratamento clínico e psicopedagógico das crianças que necessitam.
Obs: É importante também a participação e envolvimento dos pais no aprendizado dos filhos, além de tratamento clínico e psicopedagógico das crianças que necessitam.
ALFABETIZANDO COM O TEMA : "OS ANIMAIS" (TURMA DE 1º ANO DA TARDE)
Alfabeto de Animais

Cartazes sobre preservação ambiental
Alfabeto de Animais
Cartazes sobre preservação ambiental
Cartazes sobre as classes de animais vertebrados
Cartazes sobre as pesquisas de informações sobre alguns animais estudados
O Tubarão
Textos Coletivos
O Jacaré
A Baleia
Atividades de artes sobre os animais( pinturas, dobraduras, recorte e colagem)
Atividades individuais com frases ou textos ( estas atividades fizeram parte do livro dos animais)
Atividades de artes com pintura
, desenho , recorte e colagem sobre animais invertebrados e insetos,
após leitura de livro informativo e texto coletivo sobre a abelha.
Na letra X do alfabeto encontramos um animal da era dos dinossauro: o xoninssauro.
Pesquisamos sobre este e fizemos um texto coletivo e atividades de artes com recorte e colagem.
As fotos foram autorizadas
Atividade de escrita e classificação com o tema : reciclagem
Homenagem da turma no dia do professor
Atividades com materiais
recicláveis. As crianças confeccionaram muitos brinquedos com os quais
brincaram na sala e os levaram para casa.
Atividade com a história "
Menina Bonita do Laço de Fita". Conversa sobre a história e questões
raciais". Desenho e escrita sobre a história.
Festa da Família. Atividade dos pais com filhos (danças e brincadeiras da nossa cultura).
Eu e Soyane( professora de educação física)
Festa da Cultura ( Dança do Boi Bumbá)
Passeio ao jardim zoológico do Rio
Confeccionando as máscaras para a apresentação do final do Ano.
Apresentação com as músicas da arca de noé ( "O Leão",
"O Pato" e a" A Foca"). Estas e outras poesias do Vinicius de Moraes foram trabalhadas em sala.
Festa de fim de ano
Apresentação com as músicas da arca de noé
Passeio do final de ano ao parque em Icaraí
O LIVRO DOS ANIMAIS
Animais Vertebrados
Possuem coluna Vertebral e Ossos
OS PEIXES
O
Tubarão
O
que sabemos?
O
tubarão é o lixeiro do mar, porque ele come tudo o que vê pela frente.
Ele é o rei do mar. O filhote dele nasce do ovo. Ele tem uma barbatana
,duas nadadeiras e uma cauda. Quando o tubarão sobe para a superfície aparece a
barbatana dele para mostrar que ele está na água.
Ele
respira pelas brânquias. Os dentes deles são afiados !
O
tubarão é da classe dos peixes.
Texto
Coletivo ( relatos dos alunos) Turma dos amigos/1º ano/ Prof: Karla
O Que Descobrimos Sobre o Tubarão?
O
tubarão é um dos animais mais temidos na natureza. Ele é selvagem!
Ele é um peixe cartilaginoso , isto é tem cartilagem o mesmo que temos no nosso nariz!
Ele é um peixe cartilaginoso , isto é tem cartilagem o mesmo que temos no nosso nariz!
Os
tubarões são peixes . Os filhotes nascem de ovos. Ele respira pelas brânquias.
Eles são capazes de obter oxigênio da água . Na água tem um pouco oxigênio.
O
tubarão come peixes, baleia e polvo. Ele é carnívoro. O dente dele cai e nasce
outro.
O
tubarão tem um ótimo olfato. Eles cheiram as presas a 30m de distância. Eles tem dificuldade em enxergar de longe, mas
são capazes de ouvir.
O
tubarão branco é um dos mais velozes do oceano.
Muitos
estão em extinção, por causa da pesca predatória !
Existem várias espécies de
tubarões:
· Tubarão
martelo
· Tubarão
espada
· Tubarão
branco
· Tubarão
baleia
O tubarão baleia é o maior de todo o mundo. Ele
mede 15 metros !
Texto
coletivo e informativo, após a pesquisa realizada pelos alunos. ( Turma dos Amigos.1º
ano. Professora Karla)
Após realizarem a pesquisa sobre
o tubarão e realizarem o texto coletivo . Desenharam o tubarão no seu
habitat e escreveram informações individuais que sabiam sobre este.
O tubarão come carne e também come peixe.
O tubarão é o lixeiro do mar.
O tubarão bota ovo.
Mamíferos
O
Gato
O
gato é um animal mamífero. Ele é criado em casa pelas pessoas,
por isso ele é chamado de doméstico
Não devemos maltratar
o gato e nem os outros animais. Devemos respeitar todos os outros animais !
Texto Coletivo
/Relatos dos alunos. Turma dos Amigos /1º ano / Prof: Karla
A
BALEIA
A BALEIA VIVE NO MAR. A BALEIA É UM
ANIMAL MAMÍFERO, PORQUE O FILHOTE NASCE DA BARRIGA (ÚTERO)
E MAMA NO PEITO. ELA ESTÁ EM
EXTINÇÃO, PORQUE OS PESCADORES MATAM ELA, IGUAL AS TARTARUGAS.
A BALEIA
AZUL É O MAIOR ANIMAL DO MUNDO. ELA COME KRILL , LULAS E PEIXES PEQUENOS.
ELA RESPIRA PELO BURAQUINHO QUE TEM NAS COSTAS E PRECISA SUBIR PARA
RESPIRAR, POIS TEM PULMÕES IGUAL A GENTE.
O TAMANHO DELA CHEGA A 30 M, O MESMO QUE
QUATRO ÔNIBUS JUNTOS.
Pesquisa
TEXTO
COLETIVO E INFORMATIVO
(TURMA
DOS AMIGOS -1° ANO- PROF:KARLA)
Répteis
O jacaré
O que sabemos?
O jacaré come peixe, carne de
boi, sapo e zebra. Ele é um réptil, porque tem a pele grossa, anda se
arrastando e nasce do ovo. Todo filhote que nasce do vovo é chamado de
ovíparo.
O jacaré vive na floresta , por isso é selvagem ou silvestre.
Ele ataca as pessoas !
Texto Coletivo
Turma dos Amigos
O que descobrimos?
O jacaré fica parado igual a
uma pedra para esperar a presa passar e pegar . Ele tem dentes afiados
para enfiar na carne. Ele fica muito tempo parado no sol , para ficar
quente. Sua temperatura fica fria ou quente de acordo com a temperatura
do ambiente.
O jacaré come pedaços inteiros
de carne e ossos. Ele come pedras para digerir os ossos e carne. Também
tem um líquido no estômago que ajuda a desintegrar os alimentos.
A mamãe jacaré cuida muito bem dos seus filhotes levando eles na boca sem machucar!
Ele não ataca os homens, somente se for incomodado!
Texto coletivo, após a pesquisa .
Turma dos Amigos ( 1º ano de escolaridade)
Atvidades individual: desenhar e escrever as informações que sabem sobre o jacaré.
Aves
O
Pato
Os patos além de voar se movimentam na
água, por isso são chamados de aves aquáticas . As patas dos patos tem uma
membrana para eles nadarem. Eles passam um óleo especial nas penas , para estas
não se molharem.
Existem várias espécies de patos com
plumagens de diferentes cores: preta, branca, amarela, branco com verde.
Os patos podem ser domésticos ou
selvagens. Eles vivem uns quinze anos e tem 6 kg e 35cm de comprimento.
Os patos são ovíparos, pois nascem de
ovos. Eles precisam de água para crescerem e se reproduzirem.
Eles são da classe das aves !
Texto
coletivo e informativo ( Turma de 1º ano ( Turma dos Amigos/Prof:Karla)
Atividade individual : desenhar aves e escrever sobre estas.
Anfíbios
O Sapo
O sapo vive na água e na terra
. A pele dele é lisa e molhada. Ele respira pela pele. O filhote nasce
do ovo, por isso é ovíparo. Tem alguns que dá para ver o corpo dentro.
Tem sapo que tem veneno . Os mais coloridos são os mais peçonhentos !
Na Paraíba tem muito sapo. O
sapo come mosca e outros insetos. Ele não nasce como sapo, mas passa por
uma transformação. A mamãe sapa bota seus ovinhos na água e saem os
girinos. Cresce as patinhas da frente , depois as detrás, a cauda
encurta e ele se trasnforma em sapo . O nome dessa transformação é
metamorforse!
O sapo faz parte da classe dos anfíbios !
Texto coletivo ( Turma dos Amigos)
Turma da tarde
História que conta a metamorfose do sapo
Atividade : dobradura do sapo e escrever sobre este.
ANIMAIS INVERTEBRADOS
( NÃO POSSUEM COLUNA VERTEBRAL E OSSOS)
FIZERAM O TEXTO COLETIVO COM
INFORMAÇÕES SOBRE A ABELHA ( NÃO CONSEGUI DIGITALIZR O TEXTO) E
ATIVIDADES INDIVIDUAIS COM DESENHOS E FRASES SOBRE ANIMAIS INVERTEBRADOS
Animais em Extinção e a Preservação Ambiental
Os
animais vivem na terra , no mar , deserto , rios e lagos. Eles estão entrando em extinção
porque os homens estão caçando animais como: mico-leão-dourado, arara azul,
onça, etc. Os animais também estão desaparecendo do planeta Terra, porque os
homens estão destruindo a natureza, cortando e botando fogo nas árvores,
poluindo as águas dos rios e mares com lixo, óleo e esgoto.
A
fumaça dos carros e fábricas polui o ar, formando uma cobertura ao redor do
planeta deixando ele muito quente. As geleiras irão derreter matando os animais
e as pessoas !
Texto
Coletivo Turma dos amigos ( 1º ano? Prof: Karla)
O
que podemos fazer para viver em um mundo melhor ?
- Fazer uma passeata para não poluir o mundo
- Reciclar o lixo.
- Não poluir as águas dos mares, rios e lagoas.
- Economizar água e luz
- Andar menos de carro para poluir menos o ar !
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